sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Casa de Oncilda - Rozilda Euzebio Costa


Contos de preservação do Meio Ambiente


Educação Ambiental Infantil


By Rozilda Euzebio Costa




Oncilda era uma onça muito bonita. Ela tinha o pelo amarelo escuro e pintas negras que se destacavam, deixando-a mais bonita ainda. Era muito respeitada na região que vivia, inclusive a chamavam de – Dona Oncilda!

A toca em que Oncilda morava era muito bem cuidada por ela. Tinha orgulho de viver naquela floresta. Ali, ela teve os seus filhotes.

Porém, certo dia, ainda com os filhotes pequenos, Oncilda ficou desesperada, quando notou que o ar estava mais quente e uma fumaça esbranquiçada vinha em direção à sua casa. A partir daquele instante, Oncilda viu sua vida mudar completamente. Num instante, estava sem lar, e pensou – meu Deus, o que farei? E meus filhotinhos, tão pequenos ainda, como eu vou salvá-los?! – e o desespero tomou conta dela. E viu grandes labaredas de fogo aproximando-se de sua toca.

Oncilda não tinha tempo para pensar, pois precisava agir muito rápido para salvar os seus filhotes. Começou a carregá-los para perto de um rio que ficava um pouco a frente de onde morava. Eram somente três filhotes, mas ela estava sozinha para socorrê-los, e só poderia carregar um por vez. Assim, um a um, Oncilda os carregou até a margem do rio. Ficou pensativa, sem saber o que fazer. – E agora meu Deus, o que vou fazer? Meus filhos não podem ficar sem um lar! - Oncilda passou o resto da noite, triste e sem esperança.

Finalmente o dia amanheceu. Já tinha amamentado seus filhos, então ela os escondeu embaixo de alguns arbustos ao lado do rio e foi em busca de um lugar onde pudesse formar o seu novo lar.

Oncilda atravessou o rio a nado e caminhou a manhã inteira. Por sorte, encontrou uma pequena caverna que lhe transmitiu segurança. Ali seus filhotes e ela estariam seguros, pelo menos até crescerem e se tornarem adultos, para que pudessem sobreviver por conta própria.

Oncilda voltou e foi buscar os filhos, trazendo um de cada vez, com grande esforço e caminhando toda aquela distância, sem falar do risco que seus filhotes correram em afogar-se enquanto ela os atravessava pelo rio.

Ao terminar de agasalhar seus filhotes no novo lar, Oncilda estava tão cansada que se estirou no chão, mal conseguia movimentar suas patas. Somente seus pensamentos tinham força, pois ela não parava de pensar no porquê de os homens terem ateado fogo em sua tão amada floresta. Perguntava-se – porque estão fazendo isso?! Eles estão cegos?! Não vêem que estão matando a vida da natureza através das queimadas! Oh homens, onde estão suas consciências?! – finalizou.

Rozilda Euzebio Costa

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