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Poesia By Rozilda Euzebio Costa
Eram dois pés. Dois pés de passarinho,
Pousados solitários, na galha do velho Ingazeiro.
E cantarolava, cantarolava o tal Passarinho,
Ansioso pra encontrar depressa,
Alguém que, junto com ele,
Pudesse construir um lindo ninho.
O tempo se passou muito veloz!
E aquele galho de ingazeiro logo floriu.
Exalava tanto perfume, mas tanto perfume,
Que outros passarinhos, logo o ingazeiro atraiu,
E dentre todos eles lá estava ela,
A companheira, que Passarinho sempre pediu.
E mais um pouco de tempo se passou,
E naquele ingazeiro todo cheio de frutos,
Tinha tanto pé de passarinho,
Mas tanto pé de passarinho!
Que era lindo demais de se ver!
Passarinho sentiu sua vida renascer,
Agora ele experimentava de tudo,
Tudo, que um dia sempre sonhou.
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