Qual é o meu tamanho diante da vida?
Não sou grande no mundo, eu sou
pequena, e tenho consciência da minha insignificância. Tenho fragilidades das
quais todo mundo tem. No entanto, mesmo pequena diante dos mistérios da
vida, eu luto como qualquer pessoa deste mundo pela minha felicidade, com a
diferença de que eu luto com as armas de Deus, e não dos homens. E luto pelas
causas em que eu acredito ser de grande valor para a minha vida e para a minha
alma. Sim, me refiro às causas da alma porque eu luto também para encontrar o
caminho do Céu, porque não vim a este mundo para ficar pra sempre. Eu vivo
neste mundo apenas por uma estação, dentro do tempo da eternidade da minha alma.
O meu viver não é um mar inteiro de
rosas. Oh não! Eu sofro muito, sabe! E tenho intensos conflitos como qualquer
outro mortal. Mas a minha vida também não é só um rio de espinhos e
sofrer. Eu estou entre o meio termo - vivo entre as rosas e os espinhos
da vida. Tenho momentos alegres, onde compartilho um pouco da
felicidade que a vida vez ou outra me oferece.
Observo a vida em todos os ângulos, e
não observo somente a minha vida, mas observo também a vida dos meus
semelhantes. E observo suas vidas porque eles me são também exemplos. São como
espelhos! Posso enxergar neles as minhas qualidades e também os meus defeitos.
É verdade! Quando implicamos muito com as atitudes de uma pessoa, é porque
estamos nos vendo nela! É com o nosso reflexo que estamos implicando.
Costumo também olhar muito para àqueles
que sofrem mais do que eu, assim percebo melhor e compreendo melhor as coisas
que devo valorizar na vida, e as que não devo dar valor, porque as coisas que
não merecem valor são de fato coisas que nos deixam para baixo e nos fazem
sofrer muitas dores.
Quando estou caída, à causa de algum
sofrer, eu procuro olhar para cima a partir do chão. Isto me possibilita ver
que não sou maior e nem melhor que ninguém. Assim, com esta visão, eu consigo
quebrar o meu orgulho e vencer as vaidades geradas pelos meus momentos de
glória. As glórias terrenas são ventos que passam, não se deve dar a
alma por elas.
Reconhecendo a minha pequenez diante
dos meus semelhantes, eu consigo viver as coisas do mundo sem me iludir por
elas, e sem me deixar levar pelos enganos das aparências. Desta forma, vivo
melhor os desafios que a vida me impõe.
Rozilda Euzebio Costa
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